quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Recado

A cada passo que eu dou, a cada rosto que eu vejo pelos vidros dos carros fico me perguntando porque as pessoas continuam passando tantas horas dentro de um automóvel em um trânsito infernal. Não vejo explicações válidas, a não ser manter as aparências. O carro que foi criado para nos dar conforto, hoje nos mantém horas em um caos formado por barulho, calor e perda de tempo. As pessoas já acordam irritadas e passam o dia curtindo a mesma situação que vai se prolongando a cada minuto. Eu ando durante 30min (o tempo de casa para a faculdade), chego disposta e carregada de pensamentos. Continuo sem entender a humanidade, por que trabalham tanto para manter as marcas e as aparências? Meu maior desejo é não ser engolida por esse monstro do capitalismo. O importante pra mim é aproveitar a vida e certos luxos não são precisos.
A humanidade está esquecendo os princípios básicos da vida, se é que um dia aprenderam. Não há mais espaço para fazer amor e o sexo é praticado nos intervalos de tempo. Por onde andam os sorrisos desse século? A tecnologia não foi inventada para acabar com o homem, mas sim para ajudá-lo a crescer, lembrem-se disso! Aproveitem o tempo porque ele é curto e o dinheiro é incapaz de resgatar as horas.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Fragmentos de mim

Tenho muitos defeitos, sei de todos, convivo com todos. Deito-me e levanto-me comigo. Conheço minhas digitais, meus pensamentos íntimos, minhas vontades. Questiono-me cada vez que me deparo com minha imagem no espelho. Sou complicada, mas quem não é? Existe coisas de mim que eu ainda não descobri. Sou um ser humano e me engano como qualquer mortal. Tenho minhas angústias, meus sofrimentos, medos, pesadelos... aposto que você pensa bastante sobre as coisas que lhe afligem, mas entender o universo do outro é muito mais que julgá-lo ou observá-lo, olhar só pra si é egoísmo.
Sou reservada e ao mesmo tempo me exponho com uma facilidade que intriga. Escrevo todos os dias meus pensamentos, ideais e percepções, mesmo assim poucos me conhecem. Mecanismo de defesa: Você se mostra nas entrelinhas, mas não são todos os que compreendem um texto.
Me complico com as palavras faladas, mas danço tango de olhos fechados com as letras. A melhor maneira de me conhecer é lendo essas linhas que eu vou deixando soltas por aqui.
Eu sempre me abalo com a perda, mas aprendi a não chorar e encarar as coisas como um soldado da guerra, sempre pronto pra perder ou deixar a vida. Sou forte sim e que eu saiba não há nada de errado nisso, sou fraca também, mas mantenho as aparências.
Sou uma espécie desconhecida, um enigma. Partes são exploráveis, partes inquestionáveis, inexploráveis... Minha mente é um planeta não habitável, não tentem me entender, sou docemente contraditória.

sábado, 27 de agosto de 2011

A pele

Com o tempo a gente vai percebendo as pessoas que realmente se importam com a gente, a ferradura queima a pele quando entendemos a palavra "decepção", mas não gosto de julgar as pessoas como "boas" ou "ruins". Cada um sabe de seus sentimentos e motivos. O gostar é um órgão traiçoeiro às vezes se encanta por um, às vezes se apaixona por outro, às vezes se perde na esquina. Perde e acha no espaço de tempo que determina a si. O corpo humano obedece, chora, ri, experimenta todas as sensações que vão dando gosto a pele. A pele que veste a roupa e desnuda se entrega. Amar não é o começo, não é o fim, não é o meio. Decepcionar-se não vem em pequenas doses e nem é o tipo de produto que você escolhe se quer consumir.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Entre eu, você e alguns lençóis

Talvez pra você essa carta seja motivo de risos, pra mim é um desabafo.Hoje fazem 5 anos que eu vivi o pior momento de minha vida. Fiz uma loucura que jamais faria novamente. Há 5 anos atrás, neste mesmo dia eu senti que ia te perder pra sempre, e sendo esse meu maior medo eu consegui coragem pra cometer a maior burrice de minha vida. Que não adiantava tentar porque ninguém ia separar a gente?! Pois é, ninguém conseguiu,só você própria. Com uma notícia você espatifou a redoma de vidro que envolvia nosso mundo.Com uma frase você demoliu a metade desse mundo. Com um ato, você acabou com tudo. E eu?Eu sentei e virei telespectadora da minha vida. E fui deixando ela passar.Eu vivi pela morte e não pela vida.Bebidas,cigarros,lágrimas foram o analgesico para minha dor. Várias luzes se acenderam no fim do túnel, mas logo foram apagadas a cada vez que meus lábios tocavam os teus.Quando uma luz permaneceu alguns minutos a mais que as outras, só me fez perceber a extensão do túnel, e que a gente espera o "pra sempre" mas o pra sempre também nos espera. O que hoje vejo em você é uma pessoa de duas caras. Quando somos eu e você, você é o grande amor da minha vida. Quando somos muitos, você é a pessoa que eu jamais gostaria de conhecer.Você conseguiu me fazer chorar em um momento que ninguém jamais conseguiu. E nesse momento eu percebi o quanto que eu ainda te amava, porque as lágrimas de felicidade contém mais amor do que as de sofrimento.Em 5 anos conseguimos nos afastar ao maximo que podiamos e agora nem te conheço mais.Na última vez que nos beijamos na sua cama, senti que nossos corpos iriam se fundir em um único corpo. Minutos depois, fumando um cigarro, na sala eu percebi que jamais poderia lhe perder, pelo simples fato de você nunca ter sido minha. E por não ser um perdedor, faz com que eu aceite tudo isso, mas também me prende a condição de jamais ser um vencedor...

Bom, em comemoração aos 7 anos que se passaram, resolvi postar esse texto que tem 2 anos. Hoje os sentimentos já não são mais os mesmos, mas como gosto muito dessa carta nada convencional achei que ela não poderia faltar aqui. Espero que gostem.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ausência presente

Hoje tua ausência está tão presente na minha mente

Que tive uma louca vontade

De pular pela janela de meu cérebro

Espedaçar-me no chão que meus pés pisam.

Tua ausência está tão presente no meu corpo

que o sensato seria arrancar minha pele.

Andar nua, em carne viva esfregando-me em cactos e espinhos

causaria menos dor que essa ausência.

sábado, 20 de agosto de 2011

Mãe

Mãe me perdoa pelo monstro que habita em mim.
Perdoa-me se eu já não posso mais chorar
Porque no mundo sempre há alguém que sofra mais do que eu.
Perdoa-me sempre lembrando que fui criada nos braços da loucura.
Perdoa-me por ter ouvido que Deus me excomunga
E por conta disso ter deixado a igreja como uma ovelha desgarrada
E me envergonhar dizendo que já nem sei rezar o Pai-nosso.
Mãe me perdoa por você ter saído por uma semana , sem nem dizer 'tchau',
E chegar uma semana depois me chamando de 'filha'
E,eu,nem lembrar que foi nos braços daquela estranha que eu vi pela primeira vez o sol
nascer.
Mãe me perdoa por procurar no colo de outros mulheres o teu colo.
Perdoa-me se nada do que eu tenho é meu,
Perdoa-me por chorar sozinha, em um cantinho de um quarto tão grande pra uma
criança tão pequena.
Perdoa-me pelas minhas olheiras,
Pelas minhas mãos que tremem
E até pelas minhas enormes orelhas.
Perdoa-me pela tristeza de minhas poesias,
Pelo calor frio de meus braços,
Pelas minhas loucuras todas...
Mãe me perdoa se eu resmungo minha vida toda,
quando há pessoas passando fome.
Perdoa-me pelos meus gritos
E meu silêncio.
Mãe me perdoa pela anarquia,
Pelas piadas sem graça
E pelos barulhos chatos quando sua cabeça parecia pegar fogo.
Perdo-me pelo que fiz,
Pelo que não fiz
E o que vier a fazer.
Perdoa-me se eu não aceitar esse beijo agora,
Porque de que adiantam os beijos e as desculpas
Quando as feridas já foram abertas e ainda sangram em hemorragia,
E as cicatrizes ainda ardem
E as palavras já foram ditas?
Mãe me perdoa, apenas, por te perdoar.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Eu, jornalista.




Não gosto desse jornalismo robótico em que o profissional descarrega todas as informações na matéria sem dar espaço para que o leitor sinta-se envolvido com a história. Quem, quando, onde e porque não responde tudo. É preciso sentir as palavras e as histórias para que o leitor também possa fazer o mesmo. Não pretendo seguir por essa área de jornalismo impresso, apesar de gostar muito de escrever. Gosto do meu livre arbítrio e não gosto de regras para mostrar o mundo como eu vejo, fotografando eu posso mostrar o meu olhar, minha inquietude, meu eu.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Até onda dura?

Andei pensando nesse mundo que as pessoas criam e dão o nome de "amor", este universo longe de todas as realidades. Décimo quarto planeta descoberto, explorado e jamais decifrado. Essa ideologia criada de algum filme fictício que produziu um "para sempre". Quem determinou a extensão do amor? Por que depois de tantas provas as pessoas ainda crêem que essa infinidade de amor único existe? Não sabemos, ao menos, até quando é o "sempre", ele pode se extinguir na próxima esquina. Você pode ser condenado pela morte de um "para sempre" que ainda vive no coração de outro e esfriou no seu. Crime brutal o daquele que mata a esperança no peito de alguém. Pena inafiançável para o que acredita no inexistente. Prometa esse amor à longo prazo para você mesmo, o seu "para sempre" só morre com você!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Você ainda vive na distância do meu eu


Chamam meu coração de insano, julgam-me sem nem ao menos me conhecer. Eu sei dos meus sentimentos.

Da última vez que estive com você, meus lábios tocaram os seus e eu me lembrei de tudo que pulsava em mim antes de você ir embora. E eu nem sei porque o destino gosta tanto de brincar comigo, porque te trouxe de volta, eu sei o quanto meu corpo sangrou e o quanto eu tenho medo de mexer nas cicatrizes. Será que você não foi capaz de perceber nem por um segundo que tudo que eu preenchia no meu coração era a falta de você?

Eu seria capaz de escrever com as lágrimas que rolam pelo meu rosto toda a história que eu inventei, sozinha, com você.

Não é fácil ouvir um "eu te amo" depois que o coração já foi quebrado em cacos miúdos de vidro, e mesmo assim eu ouço e tento fazer um vitral.

Não quero me meter na bagunça do teu coração, há coisas que segundos não sabem arrumar. Cada um conhece sua desarrumação.

Não guardo expectativas, não cultivo o amor. Mas saiba que todo esse plutão que vive em mim, mantém por você um chama que não se apaga. Um habitante capaz de viver na frieza e na distância, que conhece o que um dia denominou-se paixão.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Lembranças

Lembra das risadas de fim de tarde? Do abraço que só você é capaz de dar?

Eu lembro de cada pedacinho que éramos nós, sem exceções, todos nós. Risadas e lágrimas na grama. Crianças do tamanho de adultos, brincando de viver. Quantos se vão, quantos ficam...

Eu posso fechar os olhos, rebobinar a fita. Hoje tudo que fomos tornou-se encontros em ônibus, esbarrões em esquinas, acenos dados do outro lado da rua, mensagens de pessoas que nos marcaram, a voz mudada de um amigo que um dia foi próximo. Saudade, tradução perfeita pra tudo isso que eu vejo no escuro dos meus olhos. Uns casam, uns tem filhos, uns seguem, outros estacionam. O tempo se encarrega se afastar, a essência se encarrega de nos lembrar. Há marcas que são incapazes de serem apagadas.

domingo, 7 de agosto de 2011

Equilíbrio

Falar de você é falar de mim, e como é difícil falar desse turbilhão de sentimentos que sou eu, que é você.

Só nós sabemos, o que faz nossas lágrimas rolarem durante as madrugadas de insônia.

Conte-me, minha irmã, em quantos pedaços partiram-lhe o coração? Há quantas de você por aí tentando despistar essa que nós duas conhecemos?

Não se pergunte porque o passado foi tão cruel, porque você acaba pintando-o no presente. Quando a vida nos mostra crueldade é para nos provar o quão forte o ser humano é capaz de ser. Eu sei que você sabe tudo isso. Compartilhamos o mesmo anjo, a mesma força superior. A amizade une espiritualmente as almas gêmeas, que na realidade não existem só no amor carnal.

Se ela volta? Se há pedras ou sofrimento em novos caminhos? Não se questione tanto, o tempo já tem tudo resolvido. A prova prática não é o questionamento e sim a vivência. Se a liberdade te escapa, segure-a. A força do pensamento é de um poder inquestionável.

Ignore os espelhos, eles nada falam sobre você.

Não compre as intrigas que os cambistas vendem por aí, nada que não é verdadeiro vale a pena.

Prospera na vida aquele que aprende a flutuar, como as crianças aprendem na água. Equilíbrio. Guarde essa palavra aquariana porque a vida não nos prepara para coisas boas, mas a vivência é o que nos prepara pro depois, para o equilíbrio. O prêmio de todo ser humano que soube aprender a viver.

sábado, 6 de agosto de 2011

O medo

O medo, aquele que esvazia a vida. Que limpa da parede dos sentidos todas as emoções boas antes vividas. O medo, inimigo número um de todos nós. E não me fale do contrário, pois este é o amigo infiel que dorme ao lado de todos.

Eu escuto, escuto o voz que queima o medo, que extermina tudo que nos prende ao chão. Escuto a voz que me dá asas. Mas não sei voar, deixei a fantasia na criança que fui. Pára-quedas não me parecem seguros. Eu conheço todos os riscos, mas não é de meu conhecimento o tamanho da queda. Arriscar não é passear de balão, não é voar de asa delta. É lançar-se no precipício, sem saber o que lhe aguarda no chão. Chamar alguém de medroso é a maior covardia que pode ser praticada por alguém, cada um sabe seus limites e tem o direito de respeitá-los. Mas palmas para os que arriscam, os que saem de casa dispostos a encontrar o amor e o sucesso, porque são esses que de tanto cair, aprendem a se jogar.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Mostre - se[,] escondendo

Menina, o que fazes por trás deste escudo? Quem te ensinou a curar a dor com a risada dos outros?

Deixe-me lhe contar um segredo: lindo mesmo é quando a alma sorrir. Não demonstre quem você não é. A beleza está nos olhos dos que enxergam, não é como propaganda que se passa boca a boca. Pra viver é preciso jogo de cintura, sorrir demais incomoda, chorar também. Certas coisas a gente guarda no interior e dá a chave pra um ou outro. Ei, esse olhar não vai me afastar do que vejo de ti, não precisa se esconder. Não sofra assim, ninguém será capaz de lhe fazer feliz assim, e quem pode realizar tais sonhos está logo aí, não mate a pessoa que existe dentro de você. Nesse mundo tão grande, percorri cubículos, trouxe histórias... e a que posso lhe contar é que no fim, nós nos encontramos com nosso interior e descobrimos a felicidade, aquilo que não vem de fora pra dentro como passamos a vida pensando, mas que já existe, desde o primeiro palpitar, de dentro para fora.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Corre na minha veia a sua dor.

Sabe toda aquela dor que você sentiu? Sangrou em mim. Ardeu de uma forma que ser nenhum é capaz de descrever. As pessoas levam um tapa e nem imaginam quantos sentem a mesma dor.
O amor multiplica as pessoas. Os sentimentos não são iguais, mas enquanto um permanece acordado o outro sonha.
Olho os meus braços e sinto a falta do teu abraço, de dizer pelo menos um "vai ficar tudo bem".
Aprisiono dentro de mim a vontade de te mostrar que o sol não nasce só para uns, mas que só alguns sabem aproveitá-lo.
Sorrir pelo teclado, essa não é você! Eu conheço um sorriso que toma um rosto inteiro e que não dá espaço pra mais nada, me mostra ele de novo? E se você fechar os olhos e tentar sentir as coisas do universo irá sentir tantos abraços que nem imaginava estar por ali.
O ser humano é formado de pedaços, aqueles que são deixados por cada um que passa por suas vidas. Lembre-se que até as piores partes são o que formam você. A base do que lhe mantém em pé e lhe trouxe aqui.

O dia que escureceu.


Metade de mim adormeceu com o cair da noite.
A última coisa que eu me lembro é dela indo ao banheiro com os olhos molhados d'água,
Eu deitada na cama, menina indefesa, chorando de soluçar.
Disse pra mim mesma: "eu nunca mais vou chorar por ela, nunca mais vou sofrer por ninguém."
E parei de chorar quando ela voltou anunciando que ia embora, embora da minha vida.
E eu fui junto, embora de mim.

Rêve.


Acordei de madrugada sufocada
- uma xícara de café por favor! -disse ofegante
- O que se passa?
- Sonhei com algumas mulheres...
- Você as ama?
- Não sei! Talvez eu ame uma delas e outra eu tenha amado.
- Você tá tremendo.
- Elas me engoliam, uma olhava espantada e outra apenas chorava.
- Eram quantas?
- Todas que beijei.
Enfiei a mão no bolso do short surrado que durmo e tirei algo vermelho, ensanguentado, frio...
- O que é isso?
- Algo que lhe pertence, meu coração sendo resgatado e devolvido a você, acho que estou morrendo, mas bem sabes que volto.
Segurou aquele músculo 'nosso' e o vi reviver, inquieto, pulsante mais uma vez.
- É bom estar viva de novo. -Disse sorridente.
- É bom morrer de novo. -Falei cinicamente tomando meu café ainda morno.
Me vi indo embora pelo espelho, parte de mim ficou olhando meus passos tortos. Eu sei que aquele outro eu vai voltar, mas esse eu que ficou aqui está se completando pouco a pouco.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dia [23]

Durante esses 24 dias eu experimentei todas as etapas da saudade.
A inicial, aquela em que os olhos da pessoa amada ainda estão gravados nos seus olhos com um terno "eu te amo";
A saudade mediana, aquela em que a desconfiança surge, o medo apavora, as juras de amor tornam-se sem sentido;
A saudade final, aquela que seu coração busca uma forma de se trancafiar em uma redoma, ou qualquer lugar que lhe pareça seguro.
Durante esse tempo, eu descobri que o tempo não existe em números. 24 dias para o meu coração foi como uma eternidade, as horas iam sendo digeridas lentamente pelo tempo.
Impaciência, insegurança, falta exacerbada... essa fui eu nos últimos dias. Por fim, tornei-me indiferença.
Pergunto-me o que será de nós, o que o senhor do tempo nos reservou para os próximos dias, meses, anos?
Qual será o comportamento das minhas mãos ao tocarem as tuas?
Que sentimento pulsará em meu coração? De que forma meus olhos irão te ver?
Hoje eu entendo quando Renato Russo cantava: Saudade é só magoar por ter sido feito tanto estrago.
Que agosto entre em minha vida doce ou amargo, mas que não me leve você de forma alguma.