Aos 15 me deparei com Vinícius de Moraes, largado na prateleira, heterogêneo à poeira. Sem um copo de whisky, esquecido por algum ente de minha família. Sentada no canto do quarto li os primeiros versos:
"Eu te amo, Maria, eu te amo tanto
Que o meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma teu encanto."
Que o meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma teu encanto."
E cada página que meus olhos engoliam, era como se um novo mundo se construísse diante de mim.
Pequena, frágil, insegura, desconhecida de mim mesma, ignorante do que é o mundo e de como se formam as palavras, essa era eu no auge de minha adolescência.
No último soneto de Vinícius me perdi como quem cai em um abismo: "...que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure." Como era possível amar dois? Quem pode explicar que a vida segue para todo mundo e caminhos se desentrelaçam durante a jornada? Aprendi com o tempo a ver pelos olhos dos outros e sentir com as minhas próprias mãos. Acredito no saudoso poeta, jornalista e dramaturgo quando dizia que é possível viver uma vida e vários amores, mas metade de mim ainda grita que se há amor é eterno.
Não sei quanto tempo vai passar, quantas pessoas farão morada nesse pequeno pedaço de ser humano que sou eu, mas sei que em mim você sempre estará. Com o mesmo sorriso terno e olhar puro você irá me acordar e um dia às margens da vida eu poderei dizer que não importa quantas pessoas deitaram-se comigo ou quantas eu amei, você foi a única.
Gosto de colorir meus textos com imagens, mas acredito que esse se basta.
Chorei.
ResponderExcluirgostei do post. nunca animei de ler romeu e julieta (talvez até por machismo bobo), mas lendo aqui pareceu uma ideia legal folhear aquelas páginas rs grande abraço
ResponderExcluirComo o amigo aí de cima, tbm nunca me animei a ler R & J, talvez pelo mesmo motivo rs... Mas gostei muito do seu post... Texto muito bem escrito... Parabébs!!!
ResponderExcluirOii .
ResponderExcluireu adoro Romeu e Julieta *_*
chorei ²
http://thaa03.blogspot.com/
É... também sofro de bipolaridade amorosa, em que parte de mim acredita num amor eterno, profundo e verdadeiro de tal forma que só morre carregado ao túmulo; e outra parte, desiludida pelas experiências terrenas, tenta se conformar com a efemeridade dos sentimentos e com a então realidade que se apresenta: que seja infinito (intenso) enquanto dure.
ResponderExcluirBelo texto, Mari. =)
Temos 'sentimentos' em comum, amiga. Alias, todo ser humano. ^^ Adorei o post!
ResponderExcluirAdoro Romeu e Julieta, tanto o livro de shakespeare, quanto o filme...
Obrigada, pelo comentário em meu blog!
Abraço.
Ola, tudo bem, vim visitar o teu blog e estou seguindo ja... Dê uma passada no meu e se curtir siga tbm ta bom ... Bjs Angélica.
ResponderExcluirBlog http://toquesdeclasse.blogspot.com/
Chorei, texto emocionalmente lindo. Sempre gostei de Romeu e Julieta.. Um dos romances mais lindos.
ResponderExcluirPS: Eu não sofro de bipolaridade amorosa, acho que é tripolaridade mesmo. KKK
http://lollyoliver.wordpress.com/