terça-feira, 26 de abril de 2011

Vozes Dissonantes


Por onde andam os oprimidos?

Por onde andam os donos das melhores vozes desse mundo?

Onde estarão os grandes jornalistas que desafiaram o poder pelos seus ideais e por um povo sofrido?

E esse povo sofrido? Será que se acostumaram com a dor?

Será que estão todos mortos em suas roupas de marca, em seus óculos rayban, em cima de seus saltos prada?

Afogaram-se numa garrafa de coca-cola?

Será que não percebem? Não notam o caos que esse país está se tornando?!

Andam se comendo, e o pior:

não por prazer, por pressa!

Calaram com um salário mínimo a miséria, com um bolsa família, e enquanto isso nadam na riqueza, pra uns um salário mínimo, pra outros milhares.

E os jornalistas que deveriam salvar o mundo por onde andam? Morreram junto com Christopher Reeve? Foram subornados pela globo? Pela veja? Esqueceram de seus ideais ou os escondem dentro de seus 'Bugatti Veyron'?

Me poupem desse egoísmo capitalista,

Sei que faço parte dele, mas ele nao me cega.

Não existe mais amor, compaixão.

O que existe é poder!

Mas a minha boca nunca iram calar, 'inda que me arraquem a língua

Os meus dedos gritam!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Rosa

Chora minha rosa,
Põe para fora tua angústia
Que essa abelha
Veio assim sorrateira
Na esperança de roubar teu néctar.

Chora minha rosa
Que algum ser humano
Há de vir roubar-lhe
Deste lindo canteiro
Onde és rainha entre outras rosas.

Chora minha rosa
Porque com o tempo,
Em um jarro
Tu irás perder este maravilhoso perfume.

Chora minha rosa,
Que em um bem-me-quer ou mal-me-quer
Irás perder tuas pétalas tão macias.

Chora minha rosa,
Mas não perde a pose
Pois teu néctar vai virar mel.
Pois ainda que roubada, és rainha
E ninguém reinará como tu.
E mesmo que o tempo te desgaste
Teu perfume ainda irá exalar

Sorria minha rosa,
Que ainda viva,
Tua beleza renderá elogios.
Sorria minha rosa,
Que alguém há de chorar por você
E sorrir por você,
Mas ninguém será tão bela quanto você.



Obs.: Fiquei pensando se deveria postar esse texto, porque ele é muito antigo, acho que escrevi em 2006, no auge da minha adolescência. Portanto, o texto é bem simples, mas dá pra se notar que podemos pegar as palavras e trazer para nós mesmos.

Nota de explicação

Bom, o post de hoje não será necessariamente este, isso aqui é apenas uma nota de explicação.
O texto de ontem gerou uma polêmica que eu não esperava, fiquei surpresa ao entrar no blog e ver as estatísticas. O diário de Mariana foi criado em Outubro de 2010, seis meses após a criação do blog, tivemos ontem o maior número de visualizações de página. Os comentários foram pouquíssimos, mas eu recebi até resposta de outros blogueiros em seus blogs. Cada dia que eu entro aqui, fico mais feliz por ver que tem gente que por mais que não comente, gosta do que eu escrevo e volta, segue, twitta, curti no facebook. Justamente por respeito aos meus leitores, eu gostaria de explicar sem metáforas o texto de ontem, até para não gerar preocupações desnecessárias.
Quando se fala em amor, as pessoas pensam em amor carnal, mas existem outras formas de amor e até mais bonitas, o texto de ontem era mais isso. Foi uma forma que eu achei para expressar a dor que eu tava sentindo ao ver uma amiga minha partir. Lidar com a saudade é algo difícil, por mais que você saiba que ela vai vir pelo bem de alguém que você ama. O cérebro entende, o coração não. Resumidamente, foi isso. Espero que tenha dado pra entender. Tô rezando pra que tudo dê certo pra ela, e que se um dia ela voltar, que volte com outra cabeça e sem tantos sofrimentos. Que aprenda a olhar pra frente e não se prenda tanto ao passado, porque as pessoas sempre acabam magoando umas as outras, essa é a lei da vida. E principalmente, que ela não esqueça que aonde ela estiver o meu coração estará junto.
Para os meus amigos blogueiros e leitores eu queria dizer que não se preocupem, eu tô triste por causa da distância, mas estou bem...a vida continua! Beijos e obrigada!

domingo, 24 de abril de 2011

D O R


Caminho descalça no bosque das ilusões
Sob um céu imenso sem estrelas
Acompanhada pelo vazio dentro de mim
Rasgo com a faca o peito.
Pior que sangrar é chorar, porque a pele cicatriza
A alma não.
Deleita-te com tuas decepções
Que, deste lado, eu me deito com as minhas ilusões.

--------------------------------------------------
Eu queria postar algo mais alegre pra vocês, mas uma notícia acabou com a felicidade de hoje e iniciou uma tristeza sem prazo de validade.
Esse é o difícil de se apegar as pessoas. Elas estão sempre indo e vindo, e a unica coisa que deixam são lembranças, fotos, marcas...
O texto é pequeno porque as palavras não estão se encaixando muito bem na minha cabeça, mas eu espero que tenha conseguido passar o tamanho da dor que estou sentindo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Maybe

Talvez o gosto daquele último beijo
Fique em minha boca.
E sim, eu sei que será difícil apagar
As lembranças.
Talvez não tenhamos nascido um pro outro,
E não será fácil controlar o pranto na hora do "adeus"!
Talvez você se desespere,
e grite,
Chore,
me bata
E por fim, perca a razão, como naquela última briga.
Talvez meu encanto se quebre e seja tarde demais
Para apagar as minhas marcas do seu coração.
Quem sabe se o castelo não caiu,
Se o meu cavalo não se feriu, bem na hora de te roubar do altar,
"Quem sabe o príncipe virou um chato..."
Quem sabe o dia virou noite
E criar vagalumes será tapar o sol com a peneira.
Eu nunca sei e faço promessas injustas
Roubando-lhe a terra do nunca
E só me restam as desculpas.
E talvez você se desespere,
e grite,
Me bata
E, por fim, perca a razão.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Ped(aço)

É, dói!
E dói muito, às vezes até sangra.
E pra essa dor não há analgésicos,
Não tem atestados que me livrem dos compromissos.
Dói tanto que corrói a alma.
Coração fragmentado!
Você deveria saber que não estava disposta,
Que amor demais é responsabilidade redobrada.
Deveria, então, ter fugido antes de com a espada cravar meu peito.
Ou será que eu deveria ter ouvido essa voz que me dizia
Que o medo é capaz de destruir até mesmo um grande amor?
O tempo não existe, o que existe é o fim.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Do lado de cá

Essa cápsula de vidro em que você se enfiou me parece inquebrável. Venho há dias tentando penetrar o teu mundo, tentativas vãs. Aqui fora chove e faz frio, e de tanto tentar entrar no seu mundo, me encontro ferida no meu, sangrando pelos cantos da casa. Não sou como você, não me enfio num buraco, correndo o risco de não sair dele. Sinto muito, mas parece que seu universo está desabando e ficar aqui olhando é ser puxada pela gravidade. O chão nem me parece tão interessante, é mais excitante voar. Visto as minhas asas novamente, estou pronta para levantar vôo. Não vou ficar aqui, separada por uma redoma de vidro, vendo alguém que amo afundar. Me dói menos ir embora.
Daqui de cima é mais fácil enxergar, te enfiaste numa ampulheta e o que começa a te sufocar é o tempo. Acredite: o amor não mata ninguém, mas a falta dele sim.



Depois de tanto texto antigo, vim postar esse novinho em folha. Escrevi hoje na aula de Redação Jornalística. Eu sei que devia tá prestando atenção, mas o coração não deixou, rs. Queria aproveitar pra agradecer a quem vem acompanhando o blog, seguindo e comentando. Beijos a todos!

sábado, 16 de abril de 2011

Cegos e surdos

Vivendo na globalização
matando árvores por ignorância
se matando aos poucos
como doença que corrói
a alma,a pele, o cerébro...
o computador tornou-me ignorante
e por isso peço licença da minha licença poética
pra sussurrar e berrar
palavras e palavrões que de nada vão adiantar.
Que voz é essa que implora aos meus ouvidos?
É a fome desse povo que bate em minha porta,
é o enjôo da garota grávida vomitando,
o verde queimado das nossas matas
o amarelo do ouro invisível aos pobres,
o azul do nosso céu sem estrelas
e o branco dos poucos que rezam por paz.


Textinho feito em 2007.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ó pátria, horas, amada Brasil!

Vestiram o Brasil de Brasil
Mas esqueceram de se vestir de dignidade

Beberam da cachaça mais barata
Mas esqueceram de tomar um pouco de vergonha

Vestiram o Brasil de Brasil
Com as camisetas mais caras
No entanto esqueceram de se vestir de caridade
Vestiram as praças, as casas, as emissoras de TV
Mas esqueceram de se despir da corrupção

E ainda se orgulham em vestir o BRASIL...

Que irônia!

segunda-feira, 11 de abril de 2011


A felicidade pode se resumir em uma única palavra: "..." Não! Felicidade não pode ser resumida, resumir a felicidade é como resumir a vida. Eu não quero resumir a minha vida a uma única palavra, quero todo o verso, todo o poema, o verbo, a tabuada, o tabu... tudo que me faça expandir ainda mais isso que eu chamo de vida, de felicidade.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Won't you save me?

Sabe aqueles dias que você acorda com vontade de dormir pra todo sempre? Nada te chama atenção, nada é bom o suficiente, ninguém te faz bem...eu tô nesses dias. Minha vontade é quebrar tudo num ataque histérico ou de sair correndo, entre os carros até onde meus pés consigam me levar. Talvez gritar me aliviasse.
De um lado eu vejo alguém que traçou seu passos, que cavou seu buraco, que de tanto narcisismo enforcou-se nos seus cabelos e que agora vaga sozinha, como dói saber que eu amei esse alguém. De outro lado eu vejo alguém que eu amo tão distante de mim, que eu poderia correr por horas e ainda assim não seria capaz de alcançá-la, vejo uma pessoa que será capaz de dar a ela o amor que eu nunca darei. Ah, rasgo meu peito! Vindo em minha direção eu vejo uma pessoa tão perdida que acredita que pode se encontrar em mim, quem poderia se encontrar em uma pessoa já perdida como eu? Eu vejo a dor que eu vou causar. Me reviro entre todos os pesadelos, levanto-me, entre um gole e outro de água, lavo o álcool que ingeri durante toda a semana.
O sol vem me pertubar logo cedo, como eu queria não me levantar! A minha casa parece aquela que eu morei anos atrás, onde ninguém tinha alma, eram apenas corpos. Vivo nessa casa hoje, eu espero que só hoje. Tem goia de cigarro na pia e cinzas por toda casa, que enjôo, que nojo, que ódio! Ninguém mais pode me salvar, estou de novo me matando, endurecendo, tranformando-me em pedra. Morri com os olhos cheios de lágrimas.
Quem dera, eu contasse isso pra alguém, quem me escuta são as folhas do meu caderno velho, quem anda rouca de tanto falar é a minha caneta.

domingo, 3 de abril de 2011

"Aprendi a deixar e ser deixada."


Nome Completo: Mariana Frazão de Menezes Fagundes
Idade: 21 anos
Signo: Aquário
O que você faria em 15 minutos de fama: Pousaria pra Playboy, assim garantia mais 30 minutos de fama, rs.
O que faz você desistir de uma pessoa: Bom, muitas coisas... Não gosto de pessoas ciumentas, mentirosas, futéis, invejosas ... normalmente, isso me afasta das pessoas.
Um medo: Meu maior medo é perder as pessoas que eu amo, mas também morro de medo de cobra, rs.
O que você quer para o futuro: Bom, eu penso em me formar, fazer uma pós no exterior. Encontrar alguém a quem possa entregar meu coração e que mereça isso. Pretendo ter dois filhos, um deles adotado. Espero ter um bom emprego. Quero fazer grandes viagens. Um cachorro, uma rede na varanda, uma casa no Sul, um New Beetle e uma geladeira Brastemp, rs.
Qual sua religião: Eu acredito em Deus, acredito na vida após a morte, acredito que o mundo é regido por forças boas e ruins...mas não tenho uma religião definida, tô sempre aberta a conhecer e entender um pouco de cada, mas não quero compromissos.
Qual foi a maior loucura que você já fez por amor: Olha eu já fiz tanta loucura, que é até difícil dizer qual foi a maior. Sempre fui muito impulsiva, nunca fui de pensar duas vezes, nem me preocupar com o que os outros vão pensar, ou os riscos que poderia correr.
O que você escreveria numa camisa: "Prefiro Toddy ao tédio."
Uma música que te descreva: "Meu caminho é cada manhã, não procure saber onde estou. Meu destino não é de ninguém, e eu não deixo os meus passos no chão."
O que você aprendeu nesse tempo de estrada: Aprendi muitas coisas, em um dia dá pra se aprender muito, é preciso apenas olhar atentamente. Eu aprendi a deixar e ser deixada, essa foi uma das tarefas mais árduas.
Em que área você pretende atuar: Durante muito tempo eu acreditei que atuaria no jornal impresso, em colunas ou algo do tipo...Depois eu descobri que escrever pra mim, é apenas um hobbie. Não conseguiria preparar todos os dias um texto pra ser publicado, não gosto de escrever sob pressão. Se fosse partir para a parte escrita, talvez eu fosse critica de cinema, mas eu quero mesmo fotojornalismo.
Um defeito: Sou muito impaciente, ou é agora ou não é.
O que é preciso pra te conquistar: Se quer me prender, não me prenda.
Um filme: Ah, só um? Sociedade dos Poetas mortos.
Uma música: Tirada de dentro da minha alma, "Codinome beija-flor"
Um conselho: Viver ao máximo, carpe diem. Nada de tristeza, e de nenhum sentimento ruim, viver é essencial.
Uma frase: Qualquer uma do livro "O pequeno príncipe", pra mim, são todas magníficas.