terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Devaneios

Você caminhando na minha direção,
E eu nos meus passos tortos, ao te ver, recolho-me dentro de mim.
É como se de repente eu implodisse.
Como se todos os meus sentimentos tivessem que calar no meu íntimo.
Tremo, me desequilibro, revivo tudo de novo (dessa vez só).
Você tatuagem gravada na minha pele, e eu?

sábado, 28 de janeiro de 2012

Eternamente.

Amor é isso que ainda queima dentro de mim.
É não dar ouvidos ao tempo, por mais que ele passe e doa a ausência.
Amar é não anestesiar o desespero da partida nem com outros abraços.
É essa lágrima que escorrega pelo meu rosto,
É desejar o bem mesmo com o coração em fiapos.
Amor é ter na mente o som daquela voz, o brilho daquele olhar,
É sentir no vazio das noites o pé gelado de quem já não está ali.
Amar é seguir em frente mesmo quando parte do seu corpo ficou pra trás.
Amor é ter na mente, amar eternamente.

domingo, 22 de janeiro de 2012

O amor fugindo a teoria.

Sabe quando a gente entende o sentido de uma verdadeira amizade? Quando duas pessoas passam juntas por dificuldades e conseguem juntas retirar as pedras do caminho. Eu me sinto completa por hoje poder escutar o som da sua risada e ver o brilho dos seus olhos. Dois anos pode parecer pouco, mas se pararmos para analisar é o tempo suficiente pra uma criança aprender as necessidades básicas da vida: falar e andar. Nossa amizade aprendeu isso, enraizou-se e fortificou-se. Passamos pelo último módulo para enfim ter certeza que nada é capaz de nos separar.
Somos tão parecidas e tão diferentes, mas tão grudadas que de longe só se percebe as igualdades. Eu-furacão, você-brisa leve acariciando o rosto. Eu e a minha facilidade de desapego, você e os seus amores vivos e permanentes. Eu riscada na página de um livro, você nota musical. Unidas pelos mesmos gostos ( às vezes tão desgostosos e dolorosos) e por um carinho, que me perdoem se faz tempo que não digo isso pra alguém com um sentindo verdadeiro, mas um carinho que refletido no espelho pode ler-se: amor. E amor não é só gostar de ir pra cama com alguém, não é gostar do beijo de alguém, não é ser possessivo. Amor é sentir falta de quem se faz ausente, é ser capaz de ser verdadeiro mesmo quando o mundo conspira contra, é errar e assumir o erro, é saber perdoar. O amor vai além do que se conhece por "amor". Amigos são a parte da família que Deus nos dá permissão de escolher e você já carrega na sua veia o meu sangue.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Desconstruindo Mariana

Livrando-me de todas as metáforas que confundem a cabeça das pessoas que tentam me conhecer, tentarei explicar sem rodeios quem é "Mariana". Conheço pessoas que são mais assíduas nesse blog que eu mesma. Pessoas que utilizam O diário de Mariana como um livro de cabeceira, gente que fica triste ao abrir a página e não encontrar nenhuma novidade. Minhas palavras são confusas e cativantes, tenho esse dom de ser extremos. Quantos acompanham meus devaneios e não sabem quem sou eu. O que se passa por baixo dessas mãos trêmulas e essa pele amarelada?
Minha índole e meus sentimentos são um enigma para todos que convivem comigo. Fiz de mim uma charada e hoje sou dificilmente decifrada.
Tenho dores que quando reviradas trancam meu coração e me escondem do mundo. Sou um porco-espinho. Não me prendo a pessoas, lugares ou sentimentos. Vivo só. Em certos momentos me cerco de pessoas, mas o meu olhar vazio está perambulando em outras galáxias.
Uma coisa sempre foi muito clara pra mim: o ser humano prefere sempre o caminho mais fácil. Comigo nunca foi assim, o fácil nunca foi nem opção. Eu poderia ser uma oportunista, mas não participei dessa aula, não sei sugar. Não gosto de alguém? Sumo! Quantas pessoas seguem um relacionamento pra aproveitar algo pra si? Eu não. Não sei fingir o que eu não sinto. Quando amo alguém, pode ter certeza que o caminho será duro e doloroso. Não é que eu goste de quem não gosta de mim. Quando alguém me diz um "não" eu não insisto e desisto, mas quando me vem um "sim" com um plano de fundo escrito confusão, eu vou além das minhas forças.
Egoísta, territorialista e tantos "istas", mas isso é fácil de perceber, meus defeitos são escrachados, não há quem não os note. Minhas qualidades estão embaixo de sete panos. Me beijar, me abraçar, tomar uma cerveja comigo, nada disso é me conhecer. Meu mundo começa na terra, mas o centro dele é em outro universo. Às vezes eu acho que me criei pra guerra, tô sempre esperando uma bomba explodir. Tô sempre com um punhal preparado para alfinetar qualquer pessoa que tente me machucar, mecanismo de defesa que certas vezes transforma-se em uma cruel ferramenta de ataque.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ponto final

- Você é muito corajosa!
Baixei a cabeça e sorri.
- Não é coragem. É defesa. Eu não admito sofrer de novo por alguém, quando vejo que isso tá acontecendo eu fujo. Eu já sofri demais, meu corpo é todo lapidado. Eu não moro com a minha mãe, porque eu não aguentava mais sofrer. Em pouco tempo eu não vou morar com a minha vó, pelo mesmo motivo. Eu não sofro por ninguém! - Vomitei em menos de 3 minutos tudo o que se passa dentro de mim.

Não foi fácil. Nada foi fácil. O sentimento que me consumiu foi um dos mais difíceis que já lidei. Chorar na frente das pessoas, não foi fácil! Tanta coisa doeu, tanta coisa dói, mas eu aprendi a cair, a me ralar no asfalto e subir de novo na bicicleta.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Guardem o Natal para o próximo ano.


Há muitos anos o Natal não é uma data importante na minha vida. Passei pela sala e vi a árvore sendo desmontada e lembrei tudo que um dia ela reprentou pra mim. Como eu amava me enrolar nos enfeites e passar horas admirando aquela árvore. Tudo que era tão prazeroso pra mim, um dia transformou-se em obrigação. Natal é tempo de união, caridade e bons sentimentos, o problema é que eu acho que pra essas coisas não deveriam existir datas, um dia em 365 é muito pouco. Minha família não é unida. Aqui não há diálogos e ninguém se entende, talvez isso explique o meu temperamento. E, eu vejo cada enfeite sendo enbalado e sinto como se minha infância e inocência fossem guardadas junto, para o próximo Natal.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Mentiras não me interessam


Não sei dizer exatamente o que eu sinto quando vejo as máscaras das pessoas caindo, não é nojo, talvez seja abuso. Não sei qual é o prazer que alguém pode sentir em não ser o que é. No carnaval as pessoas se fantasiam por idolatria, no sexo por tesão, mas qual é a tara em vestir a essência de "sacana"? Já lhe passou pela cabeça que mesmo em um mundo louco como esse ainda existem pessoas que tem sentimentos?! Somos sementes multiplando-se no solo terrestre, mas não pense que adubo em demasia lhe trará bons frutos. Eu sempre disse que a mentira corre, mas tem passos curtos. O currículo que me entregaram agora me mostra uma pessoa que tá repetindo o erro há muito tempo, uma pessoa que tenta se mostrar diferente, mas que mal sabe que para mim as palavras são copos de vidro lançados ao ar, fazendo estrondo e espatifando-se no chão. Não acredito em sons, fonemas, letras, mas atitudes me conquistam. Tentar levar vantagem em uma situação pode te dar um atestado de idiota no fim.

Última carta de amor

Resolvi escrever pra tentar aliviar esse meu velho coração. Essas minhas duras palavras deveriam ser lidas só por você, em um e-mail ou uma carta, mas não há mais contato físico ou virtual, por isso vou deixar que meus sentimentos chorem e que se divulguem pelas redes sociais. Quando meus olhos te beijaram pela primeira vez eu soube que estava diante de um precípicio prestes a me engolir. Errei, estou sendo mastigada, triturada por cada pedra que aparece no caminho.
Tem tantas coisas sobre mim que você não sabe ou que não consegue enxergar. A pessoa que você julga como fria, chora por você cada vez que lembra de algo. O que eu passo pro mundo como frieza chama-se cálculo, sei me sabotar como ninguém! Tenho medo de voltar a ser a pessoa triste que fui quando Sol partiu. Às vezes acho que felicidade na dose e tristeza no último gole não vale a pena. Prefiro viver na inércia. Todo relacionamento tem um fim, todo fim é doloroso. Tenho medo das dores.
Tô construindo uma casinha de lego pra me proteger, mas cada vez que você surge na minha vida desmonta tudo. Dói acordar com uma mensagem triste. Sabe quantas vezes no dia eu penso em enviar uma pra você? Inúmeras, mas eu penso em você e tento te preservar. Guardo só pra mim tudo que eu sinto. Trancafiado em alguma gaveta, como se eu estivesse matando um bicho por asfixia.
Eu gosto de você, infelizmente, eu gosto de você. O amor é o único sentimento que leva o ser humano a desistir de si, anular-se. "Não vale a pena", sempre repito isso, mas meu coração não descansa de bater. Outras pessoas não me satisfazem. Estou só no meio da multidão e não vejo necessidade de ser diferente. Acho que a solidão tem seus lados positivos, você não precisa deitar com uma pessoa pensando em outra, fechar os olhos para beijar alguém que não desperta nada em você, não precisa fingir romantismo, falar coisas vazias ou administrar um sentimento que não é seu. Por isso sigo só. Cansei de ferir quem só quer me fazer bem.
Não está fácil esquecer, se eu pudesse faria uma plástica sentimental. Essas coisas os médicos não vendem.
De tudo palpável que vivemos, quero que saiba que algo foi muito melhor e mais prazeroso e que esse "algo" está aqui dentro de mim.


"Deixe-me sozinho
Porque assim
Eu viverei em paz
Quero que sejas bem feliz
Junto do seu novo rapaz..."

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Mudando.


Caminhei sem destino enquanto pensava sobre várias coisas. Juntei as roupas velhas para doar, comprei novas. Tirei os anéis dos dedos, não quero fantasmas! Lavei o rosto. Ouvi todas as músicas que poderiam me fazer chorar, mas não chorei. Pintei o cabelo, fiz o meu almoço. Apaguei todas as mensagens antigas, passei horas olhando para o teto. Trabalhei ouvindo Nickelback. Senti um vazio no peito, preenchi com uma planta.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Desabafo.

É esse tipo de coisas que me levam a ter nojo do ser humano. Parece que as pessoas têm medo de se confrontar, de se entender, e por isso vivem uma mentira. O que custa acordar de manhã, se olhar no espelho e se questionar sobre suas atitudes e sobre quem você é? Palavras são foices que despedaçam a alma. Por que as pessoas não pensam antes de falar o que não sentem? Duas frases perderam o significado para a raça humana: "Desculpa?" e "Eu te amo". Parece que o piloto automático está sempre ligado e por isso as pessoas vivem repetindo isso porque o botão do reply quebrou. Desculpas são um voto de confiança para não ser quebrado. Eu te amo não é esparadrapo, não é analgésico, não diminui as dores, nem cura feridas.
Teste o seu corpo, sua mente, seu coração...eles não servem apenas para andar ou fazer o exercício de casa. O corpo humano necessita de equilibro e para achá-lo é preciso esse confronto! Pense duas vezes, não obteve a resposta? Pense três, quatro, uma vida inteira, mas não faça da sua caminhada algo vazio. Os outros humanos que nos cercam são propagadores do nosso caráter. Dizer que fez algo sem querer é esconder-se atrás de uma desculpa. A maré pode até lhe levar pra algumas circunstâncias, mas continua quem quer. Todos nós temos direito a dois caminhos, cada dia um leva ao outro, um "sim" pode transformar-se em um "não" futuramente. Não se esconda atrás de uma pedra invisível, todos estão lhe vendo. E os tolos que não enxergam, contam que viram e aumentam o que são incapazes de ver.

Minúsculo pedaço de mim.


Pequeno pedaço da minha existência,
Ser pulsante aquecido pelas minhas entranhas,
Amor sem medidas sem saber amar.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Dores emocionais...



Senti o corpo dela sendo tocado por outras mãos,
Senti como se a cena estivesse diante dos meus olhos,
Mas passei da época de querer uma pessoa só pra mim,
Do ciúme exacerbado, do poder de posse.
O ser humano é livre!
Eu sou minha e isso me basta!