terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Mais delírios...
De repente, acabei com tudo, mas esqueci de dar um ponto final ao que existe dentro de mim. Chorei. Não lágrimas de verdade, prendi tanto quanto pude, chorei o choro interno, aquele em que todos os seus orgãos sangram. Um nó na garganta e um sorriso estampado no rosto, sempre acompanhado por um "boa tarde, senhor". Aqui no hotel é preciso manter as aparências, os problemas ficam da porta pra fora. O céu que hoje de manhã sorria, encobriu o sol e chorou por mim. Nuvens de mágoa tomaram conta de Porto de Galinhas. Uma dor sem limites alastrou-se no meu coração. Acho que nunca mais poderei ser eu mesma com alguém, sempre vai existir esse medo de decepcionar-me novamente. Em todo mundo eu acho um defeito. Confiança, por andas? Nunca mais lhe vi caminhando pelas esquinas da minha vida.
[No dia em que ocê foi embora,
Eu fiquei sentindo saudades do que não foi
Lembrando até do que eu não vivi
pensando nós dois.] ♪
Portfólio de emoções partidas
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Sem título
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
Lascívia
Exagerada
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Palavra mãe
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
O vazio de Yang
sábado, 3 de dezembro de 2011
Seguindo em frente
terça-feira, 29 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
Voto de Sinceridade - parte I
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Me desconheço!
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Sobre mim
Na calada da noite vou me equilibrando na ponta do pés até o carrinho de bebidas, sorrateiramente pego uma dose. Sou maior de idade, não há motivos para tais cuidados, mas dentro de casa tento manter esse costume de não mostrar minhas preferências.
Gosto do som do gelo roçando o copo, gosto do tom marrom desbotado quando demoro a ingerir a dose. Gosto do copo suado.
Meus amigos estão lá fora, no mundo, bebendo, jogando conversa fora, beijando, transando. Gosto do meu mundo, desse silêncio projetado pela minha necessidade de concentração. Gosto de gente e de solidão, é difícil de entender. O que eu não gosto mesmo é de multidão, nunca sei pra quem devo olhar. Às vezes meu mundo não permite muita gente, às vezes ele não permite ninguém. Estar na minha pele, sentir o que sinto e olhar o que vejo não é fácil. Imagino como se sentem as pessoas que não conseguem penetrar o meu mundo e se confundem com as minhas atitudes, minha falta de paciência, minha frieza, meu descaso...
O melhor de mim não está perdido nem é impossível recuperar, mas está em cárcere dentro de mim mesma. Medo. Uma palavra que me define há um ano: medo. Até quando sei que não há perigo em sair da casca, ainda assim tenho medo de sair e não ser o que eu esperava. Medo de sofrer, pavor de pensar no “fazer sofrer”. Dá pra acompanhar o meu raciocínio? Certas vezes corro com ele e esqueço de como sou metafórica, de como sou complexa.
Não escrevo com funcionalidades, não faço poesia, não escrevo livros, não faço matérias. Falo de mim, desabafo enquanto choro e faço chorar. Compartilho minhas dores e alegrias e assisto aos que se sentem como eu e vão proliferando minhas palavras pelas redes sociais. Estranho saber que tem gente por aí que mesmo sem me conhecer acredita no que eu digo.
Por trás do meu sorriso há um mar de angustias que certas horas seca, mas vez por outra inunda.
domingo, 13 de novembro de 2011
Down em mim
Nestas noites quentes de verão
E nem me importa que mil raios partam
Qualquer sentido vago de razão
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Outra vez vou te cantar, vou te gritar
Te rebocar do bar
E as paredes do meu quarto vão assistir comigo
À versão nova de uma velha história
E quando o sol vier socar minha cara
Com certeza você já foi embora
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Pois nestas horas pega mal sofrer
Da privada eu vou dar com a minha cara
De panaca pintada no espelho
E me lembrar, sorrindo, que o banheiro
É a igreja de todos os bêbados
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Down... down
Cazuza
Fugindo do meu ritmo de textos para compartilhar essa música com vocês.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Egoísta
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Gente
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Sem mais...
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Que eu passe invisível aos olhos da maldade
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Meus fatos, minhas razões
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Reticências
sábado, 15 de outubro de 2011
A respeito de ontem
domingo, 25 de setembro de 2011
Ciclo
Saia da condição de carrapato
Les soins
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Linha curva
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Leve
terça-feira, 13 de setembro de 2011
O tango
domingo, 4 de setembro de 2011
Tempos passados.
sábado, 3 de setembro de 2011
A praça
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
XXIII
Que o meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma teu encanto."
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Recado
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Fragmentos de mim
sábado, 27 de agosto de 2011
A pele
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Entre eu, você e alguns lençóis
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Ausência presente
sábado, 20 de agosto de 2011
Mãe
Mãe me perdoa pelo monstro que habita em mim.
Perdoa-me se eu já não posso mais chorar
Porque no mundo sempre há alguém que sofra mais do que eu.
Perdoa-me sempre lembrando que fui criada nos braços da loucura.
Perdoa-me por ter ouvido que Deus me excomunga
E por conta disso ter deixado a igreja como uma ovelha desgarrada
E me envergonhar dizendo que já nem sei rezar o Pai-nosso.
Mãe me perdoa por você ter saído por uma semana , sem nem dizer 'tchau',
E chegar uma semana depois me chamando de 'filha'
E,eu,nem lembrar que foi nos braços daquela estranha que eu vi pela primeira vez o sol
nascer.
Mãe me perdoa por procurar no colo de outros mulheres o teu colo.
Perdoa-me se nada do que eu tenho é meu,
Perdoa-me por chorar sozinha, em um cantinho de um quarto tão grande pra uma
criança tão pequena.
Perdoa-me pelas minhas olheiras,
Pelas minhas mãos que tremem
E até pelas minhas enormes orelhas.
Perdoa-me pela tristeza de minhas poesias,
Pelo calor frio de meus braços,
Pelas minhas loucuras todas...
Mãe me perdoa se eu resmungo minha vida toda,
quando há pessoas passando fome.
Perdoa-me pelos meus gritos
E meu silêncio.
Mãe me perdoa pela anarquia,
Pelas piadas sem graça
E pelos barulhos chatos quando sua cabeça parecia pegar fogo.
Perdo-me pelo que fiz,
Pelo que não fiz
E o que vier a fazer.
Perdoa-me se eu não aceitar esse beijo agora,
Porque de que adiantam os beijos e as desculpas
Quando as feridas já foram abertas e ainda sangram em hemorragia,
E as cicatrizes ainda ardem
E as palavras já foram ditas?
Mãe me perdoa, apenas, por te perdoar.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Eu, jornalista.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Até onda dura?
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Você ainda vive na distância do meu eu
Chamam meu coração de insano, julgam-me sem nem ao menos me conhecer. Eu sei dos meus sentimentos.
Da última vez que estive com você, meus lábios tocaram os seus e eu me lembrei de tudo que pulsava em mim antes de você ir embora. E eu nem sei porque o destino gosta tanto de brincar comigo, porque te trouxe de volta, eu sei o quanto meu corpo sangrou e o quanto eu tenho medo de mexer nas cicatrizes. Será que você não foi capaz de perceber nem por um segundo que tudo que eu preenchia no meu coração era a falta de você?
Eu seria capaz de escrever com as lágrimas que rolam pelo meu rosto toda a história que eu inventei, sozinha, com você.
Não é fácil ouvir um "eu te amo" depois que o coração já foi quebrado em cacos miúdos de vidro, e mesmo assim eu ouço e tento fazer um vitral.
Não quero me meter na bagunça do teu coração, há coisas que segundos não sabem arrumar. Cada um conhece sua desarrumação.
Não guardo expectativas, não cultivo o amor. Mas saiba que todo esse plutão que vive em mim, mantém por você um chama que não se apaga. Um habitante capaz de viver na frieza e na distância, que conhece o que um dia denominou-se paixão.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Lembranças
Lembra das risadas de fim de tarde? Do abraço que só você é capaz de dar?
Eu lembro de cada pedacinho que éramos nós, sem exceções, todos nós. Risadas e lágrimas na grama. Crianças do tamanho de adultos, brincando de viver. Quantos se vão, quantos ficam...
Eu posso fechar os olhos, rebobinar a fita. Hoje tudo que fomos tornou-se encontros em ônibus, esbarrões em esquinas, acenos dados do outro lado da rua, mensagens de pessoas que nos marcaram, a voz mudada de um amigo que um dia foi próximo. Saudade, tradução perfeita pra tudo isso que eu vejo no escuro dos meus olhos. Uns casam, uns tem filhos, uns seguem, outros estacionam. O tempo se encarrega se afastar, a essência se encarrega de nos lembrar. Há marcas que são incapazes de serem apagadas.
domingo, 7 de agosto de 2011
Equilíbrio
Falar de você é falar de mim, e como é difícil falar desse turbilhão de sentimentos que sou eu, que é você.
Só nós sabemos, o que faz nossas lágrimas rolarem durante as madrugadas de insônia.
Conte-me, minha irmã, em quantos pedaços partiram-lhe o coração? Há quantas de você por aí tentando despistar essa que nós duas conhecemos?
Não se pergunte porque o passado foi tão cruel, porque você acaba pintando-o no presente. Quando a vida nos mostra crueldade é para nos provar o quão forte o ser humano é capaz de ser. Eu sei que você sabe tudo isso. Compartilhamos o mesmo anjo, a mesma força superior. A amizade une espiritualmente as almas gêmeas, que na realidade não existem só no amor carnal.
Se ela volta? Se há pedras ou sofrimento em novos caminhos? Não se questione tanto, o tempo já tem tudo resolvido. A prova prática não é o questionamento e sim a vivência. Se a liberdade te escapa, segure-a. A força do pensamento é de um poder inquestionável.
Ignore os espelhos, eles nada falam sobre você.
Não compre as intrigas que os cambistas vendem por aí, nada que não é verdadeiro vale a pena.
Prospera na vida aquele que aprende a flutuar, como as crianças aprendem na água. Equilíbrio. Guarde essa palavra aquariana porque a vida não nos prepara para coisas boas, mas a vivência é o que nos prepara pro depois, para o equilíbrio. O prêmio de todo ser humano que soube aprender a viver.
sábado, 6 de agosto de 2011
O medo
O medo, aquele que esvazia a vida. Que limpa da parede dos sentidos todas as emoções boas antes vividas. O medo, inimigo número um de todos nós. E não me fale do contrário, pois este é o amigo infiel que dorme ao lado de todos.
Eu escuto, escuto o voz que queima o medo, que extermina tudo que nos prende ao chão. Escuto a voz que me dá asas. Mas não sei voar, deixei a fantasia na criança que fui. Pára-quedas não me parecem seguros. Eu conheço todos os riscos, mas não é de meu conhecimento o tamanho da queda. Arriscar não é passear de balão, não é voar de asa delta. É lançar-se no precipício, sem saber o que lhe aguarda no chão. Chamar alguém de medroso é a maior covardia que pode ser praticada por alguém, cada um sabe seus limites e tem o direito de respeitá-los. Mas palmas para os que arriscam, os que saem de casa dispostos a encontrar o amor e o sucesso, porque são esses que de tanto cair, aprendem a se jogar.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Mostre - se[,] escondendo
Menina, o que fazes por trás deste escudo? Quem te ensinou a curar a dor com a risada dos outros?
Deixe-me lhe contar um segredo: lindo mesmo é quando a alma sorrir. Não demonstre quem você não é. A beleza está nos olhos dos que enxergam, não é como propaganda que se passa boca a boca. Pra viver é preciso jogo de cintura, sorrir demais incomoda, chorar também. Certas coisas a gente guarda no interior e dá a chave pra um ou outro. Ei, esse olhar não vai me afastar do que vejo de ti, não precisa se esconder. Não sofra assim, ninguém será capaz de lhe fazer feliz assim, e quem pode realizar tais sonhos está logo aí, não mate a pessoa que existe dentro de você. Nesse mundo tão grande, percorri cubículos, trouxe histórias... e a que posso lhe contar é que no fim, nós nos encontramos com nosso interior e descobrimos a felicidade, aquilo que não vem de fora pra dentro como passamos a vida pensando, mas que já existe, desde o primeiro palpitar, de dentro para fora.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Corre na minha veia a sua dor.
O dia que escureceu.
Metade de mim adormeceu com o cair da noite.
Rêve.
Acordei de madrugada sufocada