terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Mais delírios...
De repente, acabei com tudo, mas esqueci de dar um ponto final ao que existe dentro de mim. Chorei. Não lágrimas de verdade, prendi tanto quanto pude, chorei o choro interno, aquele em que todos os seus orgãos sangram. Um nó na garganta e um sorriso estampado no rosto, sempre acompanhado por um "boa tarde, senhor". Aqui no hotel é preciso manter as aparências, os problemas ficam da porta pra fora. O céu que hoje de manhã sorria, encobriu o sol e chorou por mim. Nuvens de mágoa tomaram conta de Porto de Galinhas. Uma dor sem limites alastrou-se no meu coração. Acho que nunca mais poderei ser eu mesma com alguém, sempre vai existir esse medo de decepcionar-me novamente. Em todo mundo eu acho um defeito. Confiança, por andas? Nunca mais lhe vi caminhando pelas esquinas da minha vida.
[No dia em que ocê foi embora,
Eu fiquei sentindo saudades do que não foi
Lembrando até do que eu não vivi
pensando nós dois.] ♪
Portfólio de emoções partidas
Me pergunto porque as coisas mudam tão repentinamente na cabeça dos homens. Não sei porque me questiono sobre coisas que eu já tenho a resposta e sobre coisas que nunca terei. O ser humano é uma metamorfose, é tão óbvio ser hoje e não ser amanhã. A unica obviedade que não existe no mundo está na nossa cabeça. Mudei! De semana passada pra cá eu devo ter mudado umas trinta vezes, no mínimo. Falo de mudanças em geral, aquela comida que é trocada por um lanche, aquele compromisso que é trocado por umas horinhas de sono, o "eu te amo" que virou um "saia da minha frente". Sei que em um instante nada mais era como antes, meu coração quebrou-se pela milésima vez e nem me deu tempo de consertá-lo, já estava mais uma vez sendo invadida. Na realidade, eu não sei se eu fui invadida ou se eu me deixei invadir. Acho que um pouco dos dois, me abandonei e me permiti entrar nessa confusão. Baguncei tudo que já estava revirado dentro de mim. Agora eu vou embora, vou dar um tempo para os meus pensamentos, vou desembaraçar tudo que eu enrolei. Não vou pra longe e nem vou para o paraíso, mas um quadra de distância já me faria um bem enorme. Venho de uma série de quedas emocionais, que talvez tenham me trazido até aqui. De Recife para Porto de Galinhas o caminho é curto, mas de um sentimento para o outro há um abismo. Fico pensando se distância aproxima ou separa, cheguei a conclusão que quem dita isso são as circunstâncias. Tudo pode acontecer! E se aumentar? - Eu sumo! - Mas meu coração não pode ousar de tanta vagabundagem a chegar a tal ponto, desacredito nisso!
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Sem título
O problema das pessoas é esse: todas pensam que eu não tenho sentimentos.
Minha loucura camufla o meu coração, mas ele existe, sabe?
Tudo isso é pesado demais pra mim...
Prefiro espatifar tudo dentro de mim a ficar me cortando aos poucos.
Não é pra ser, ponto! Sou rigorosa quanto a pontuações.
Não vou colocar uma vírgula em algo que não tem continuação.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
Lascívia
Entregou o corpo frio ao calor dos lençóis, sentiu as mãos percorrendo sua pele, lhe desvendando. Não querendo parecer uma pessoa sem pudores, mas querendo achar o que perdeu em outros braços. Mergulhou no vai-e-vem das mãos em frenesi, dos corpos ávidos.
Inquieta, marinheira de emoções. Leviana? Talvez. Mal-amada, bem amada. Amando, amando de uma forma torta e incompreendida. Ali pousado na cama não era seu amor, era o seu desejo. Desejo muito bem-vindo, por sinal. Esbaldou-se da carne, ferveu na panela humana.
Viajou mundos sem sair do espaço apertado em que se encontrava. Sempre foi assim: mulher do espaço. Mas aquela cena estava além dos universos antes visitados. Estava na página de um livro, em um filme europeu... Era real, vivo, pulsante... e quando percebeu já não estava ali.
Exagerada
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Palavra mãe
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
O vazio de Yang
sábado, 3 de dezembro de 2011
Seguindo em frente
Mas dessa vez eu não vou curar um amor com outro. Vou deixar a ferida sarar, deixar a cicatriz não mais me amedrontar para então me permitir mais uma vez o sentimento de amar. Dessa vez eu fiz minhas malas, gastei o resto das minhas ilusões, apostei minhas últimas tentativas. Vou indo, quem sabe eu mande um sinal de vida, talvez eu esqueça amanhã... faz parte de mim, você sabe! Vou te deixar aqui, pendurado em uma parede para que os próximos que aqui entrarem saibam que um dia foi verdadeiro.
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