quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Idade, velha sorrateira.

Nesses tempos de caminhada vivi pelo inverso,
reverso,
que verso?
- 22 anos, minha cara. Parece que foi ontem que brincava no berço.
Acho graça nos desenhos que antes não existiam,
Na pele esticada,
Nos brincos e no cabelo tingido de vermelho.
Não há ser humano que não seja metamorfose.
E antes que eu caia no pranto da nostalgia:
- Garçom, me veja uma dose!
Vou apagar as velas num copo de whisky pra ter o prazer
De ser criança
E de não ser.

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